sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Historia do Teatro no Brasil


   Os autos teatrais, usados pelos missionários na sua tarefa de evangelização, representam as primeiras atividades teatrais, no Brasil. Entrosados na programação didática da companhia de Jesus, esses autos sofrem a marcada influência de Gil Vicente.

   Entre os autores teatrais brasileiros, destaca-se a figura de Martins Pena, que abriu caminho para a introdução da realidade cotidiana, destacando-se, entre suas obras, as peças O juiz de paz na roça, O judas em sábado de aleluia e O noviço, como comédias, e D. Leonor Teles, drama.

   Oswald de Andrade, abandonando velhos padrões, trouxe nova vida ao teatro brasileiro com suas peças O Homem e o Cavalo, A Morta, O Rei da Vela.

   A partir de 1940, aproximadamente, o teatro brasileiro apresenta um impulso renovador, colocando-se, nos anos que se seguem, ao lado das outras artes e gêneros literários, estimulado pela formação de grupos de teatro de estudantes, sob a inspiração de Pascoal Carlos Magno. Fundam-se companhias como Os Comediantes e o Teatro Brasileiro de Comédias e aparece uma geração de bons atores e encenadores brasileiros. Nelson Rodrigues, com sua peça Vestido de Noiva, causou grande impacto, surgindo-se depois dramaturgos como Antonio Calado, Dias Gomes, Ferreira Machado, Abílio Pereira de Al­meida, Jorge Andrade, Plínio Marcos, Augusto Boal, Gianfrancisco Guarnie­ri e outros. Deve-se, ainda, destacar, no teatro infantil, a presença de Maria Clara Machado.


Você sabia...

- Que nos autos teatrais dos jesuítas geralmente os anjos e santos falam latim, as alegorias e as pessoas falam português e espanhol, enquanto os demônios usam a linguagem dos índios?
- Que os autos fazem grande uso dos cantos, das danças, das procissões?
- Que no teatro religioso D. Marcos Barbosa retomou a tradição de Anchieta e Gil Vicente?
- Que a primeira peça que mostra desejo de renovação no teatro brasileiro foi Deus lhe pague, de Joraci Camargo?



Fonte: MUNIZ, A. et al. Enciclopédia orgânica de apoio ao ensino básico. Editora Brasilia S/A, 2ºed. Vitoria - Espirito Santo, 1978. pág. 298.

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