sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Cinema no Brasil

   Por volta de 1898 foram filmadas algumas cenas na Baía de Guanabara mas, até hoje, ainda há discussão sobre quero teria realizado o primeiro filme no Brasil: alguns indicam o português Aurélio dos Reis; outros, o italiano Vittorio di Maio.

   Entre os primeiros filmes realizados estão Os Estranguladores (Francisco Marzulo e Antonio Leal). O Crime da Mala e Dioguinho, as primeiras produções de Vittorio Capellaro, sob a inspiração de obras clássicas, Perdida (Luis de Barros); a série de João da Mata (Amílcar Alves), aparecendo, em Recife, um grupo de abnegados que realizaram algumas produções.


   O grande pioneiro e, talvez, a figura mais completa de cineasta que o Brasil já teve foi Humberto Mauro, mineiro que apresentou sempre apresentou as imagens de sua terra, e de sua gente. Além dos documentários realizados, podem sei destacados, na produção de Humberto Mauro, os filmes: Na primavera da vida (1926), Tesouro perdido (1927), Brasa dormida (1928), Sangue Mineiro ( 1930), Ganga bruta (1937), Favela de meus amores (1934), Descobrimento do Brasil (1934), entre outros.

   O grupo formado em torno da revista "Cinearte" revelou novos valores, entre os quais Ademar Gonzaga, que dirigiu Barro Humano, e Oduvaldo Viana, com Bonequinha de Seda (1935).

   Em 1930 aparece o filme Limite, obra prima que resiste, até hoje, às mais severas críticas, produzido por Mário Peixoto.

   Nos primeiros anos do cinema falado, surgiu a Vera Cruz, empresa cinematográfica em cujos estúdios foram filmados Romance Proibido, de Ade mar Gonzaga, Pureza, de Chianca de Garcia, O ébrio, de Gilda de Alisei algumas outras produções. A tentativa de estabelecimento da indústria do cinema, em grande escala, entretanto, falhou após algum tempo. Ficou, deste período, uma melhoria no nível técnico de produção, particularmente com a presença de Alberto Cavalcanti, brasileiro com experiência na Europa, que realizou Simão, o Caolha e O Canto do mar. Neste período destaca-se, ainda Lima Barreto, cujo filme O Cangaceiro, de grande lirismo, inicia uni caminho que ainda não havia sido explorado: o dos tensas do cangaço do Nordeste.

   O fracasso da Vera Cruz e de outras companhias menores permite alguns assistentes realizem, no sistema de produção independente, alguns projetos antigos. Surgem Roberto Santos, Walter Hugo Chouri e Nelson Pereira dos Santos (Rio, 40º; Vidas Secas e Rio, Zona Norte), Rui Guerra, Paulo Cesar Sarraceni, Carlos Diegues Gustavo Dahl, Walter Lima Junior (Menino de co engenho), entre outros, que procuram retratar a realidade nacional e realizam algumas de nossas melhores fitas. É o caso de Glauber Rocha, cujos filmes estão baseados em autores representativos brasileiros (Deus e o Diabo na Teria do Sol, Terra em Transe e O dragão da maldade contra o santo guerreiro), e de Joaquim Pedro de Andrade (Macunaima), entre outros criadores, dando ao cinema brasileiro a esperança de melhores dias.



Você sabia...

- Que o cinema teve origem na descoberta dos irmãos Lumièri, o cinematografo?
- Que a primeira sessão publica de cinema foi realizada no Rio de Janeiro, em 1896?
- Que o jornal "O Fã" e a revista "Cinearte" foram muito importantes na história do nosso cinema, reunindo grupos de pessoas entusiasmadas pela nova arte?

- Que os filmes de "chanchada" revelaram bons atores como Grande Otelo, Oscarito e outros?
- Que o filme Limite, de Mário Peixoto, obteve o aplauso de cineastas do porte de Eisenstein e Poudovkine?
- Que o filme Orfeu do Carnaval, baseado numa peça de Vinícius de Morais e rea-lizado pelo cineasta Marcel Camus, foi o vencedor do Festival de Cannes de
1969?
- Que em 1962, também em Carmes, o filme O pagador de promessas, de Anselmo Duarte, novamente fez o nome do Brasil brilhar?
- Que os festivais de cinema constituíram um grande incentivo à produção cinematográfica?
- Que a EMBRAFILME é o órgão governamental encarregado de amparar e proteger a indústria do cinema no Brasil?


Fonte: MUNIZ, A. et al. Enciclopédia orgânica de apoio ao ensino básico. Editora Brasilia S/A, 2º ed. Vitoria - Espirito Santo, 1978. pág. 299 e 300.

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