O reconhecimento dos trabalhos de Mendel com ervilhas, o conhecimento de que os cromos-somos estão relacionados à herança e de como surgem as variações genéticas — temas apresentados no capítulo 5 desta unidade — trouxeram importantes contribuições para a compreensão do processo de evolução dos seres vivos por meio da seleção natural.
Na natureza, as variações genéticas ocorrem por modificações no material genético que constitui os cromossomos. Essas modificações são chamadas mutações. As mutações podem ser causadas por radiação nuclear, radiação ultravioleta ou alguns produtos químicos, e costumam ocorrer em proporções muito pequenas. Elas não são dirigidas de modo adaptativo, ou seja, não têm relação com as necessidades dos organismos em função do ambiente em que vivem.
Se as novas características resultantes das mutações favorecerem mais a adaptação dos indivíduos de uma população ao ambiente, eles terão mais chances de sobreviver e deixar descendentes. Se as novas características forem desfavoráveis, esses indivíduos poderão morrer antes de deixar descendentes.
O conhecimento sobre a existência de mutações, bem como as ideias de Mendel sobre a herança, além dos estudos sobre a frequências, e a distribuição dos genes nas populações, complementaram as explicações sobre o processo de evolução. Esse conjunto de estudos contribuiu para o desenvolvimento do que hoje conhecemos como teoria sintética da evolução.
Essa teoria admite três processos universais: mutação, variação genética e seleção natural, além de considerar o fator "acaso". Seus princípios fundamentais são:
- Os indivíduos de uma população são diferentes;
- As variações nas populações naturais surgem por mutações não dirigidas adaptativamente;
- A reprodução sexuada possibilita a recombina cão dos genes, aumentando a diversidade;
- O isolamento geográfico e reprodutivo propiciou a origem de novas espécies.
Livro - Construindo Consciências 9º ano, editora Scipione. Pag:. 136
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